Os aluguéis residenciais novos subiram 2,1% na capital paulista em março, em comparação com o mês anterior, revela pesquisa mensal do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Com essa elevação, os valores de locação subiram 15,25% nos últimos 12 meses. “Há uma carência generalizada de imóveis para alugar na cidade de São Paulo e isso reflete diretamente nos preços”, analisa Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

 

Na outra ponta, os contratos de aluguel em andamento indexados ao IGP-M serão reajustados em abril em 10,95%, que é o valor acumulado do indicador nos últimos 12 meses (abril de 2010 a março de 2011). “Isso significa que o locatário que já está em um imóvel faz melhor negócio permanecendo lá do que saindo à procura de uma nova moradia”, afirma Francisco Crestana.

 

A alta observada em março nos contratos novos foi puxada basicamente pelos imóveis com maior número de dormitórios. Enquanto casas e apartamentos de 1 quarto apresentaram aumento de apenas 0,5%, na comparação com o mês de fevereiro, as residências de 2 dormitórios tiveram alta de 2,7% e as de 3 quartos, de 3,6%.

 

O tipo de garantia mais usado pelos proprietários e inquilinos no período avaliado foi o fiador, responsável por 51% de todos os contratos de locação efetuados. Outra modalidade muito utilizada foi o depósito de três meses, com 29% de participação. Um quinto das moradias locadas recorreu ao seguro-fiança.

 

Em março, indica a pesquisa do Secovi-SP, casas e sobrados acabaram locados mais rapidamente que os apartamentos. Estes últimos levaram de 18 a 38 dias, em média, para serem alugados. Já o IVL (Índice de Velocidade de Locação), que mede em número de dias quanto tempo demora um imóvel vago para ser ocupado, oscilou de 12 a 29 dias para sobrados e casas.